Sem
consenso entre Ministério da Educação e Ciência e sindicatos dos professores, a
greve agendada continua a avançar. Em cima da mesa, o aumento da carga horária
para as 40 horas semanais, a extinção do horário da direção de turma, o
despedimento de milhares de contratados e a entrada em vigor da mobilidade para
professores do quadro.
No passado sábado, dia 15 de junho, cerca
de 80 mil professores chegaram de todo o país para participar na manifestação
que ligou o Marquês de Pombal aos Restauradores. Na terceira ação nacional do
sector desde 2006, o Porta-Voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário
Nogueira, manifestou descontentamento com o “desrespeito” pelos docentes, e
considerou a atual Legislatura “a mais difícil que há memória no Portugal democrático”.
Também os professores de Amarante
marcaram presença, como é o caso de Rosália Amador (esquerda), professora de
Matemática e Ciências e Elisabete Costa (direita), professora de Português e
Inglês, ambas a lecionar na EB 2.3 de Amarante. “Só da nossa região foram três
autocarros, com professores de Mesão Frio, Amarante, Lixa…”, refere Anabela
Magalhães, professora de História. A docente faz um “balanço simples de mais
esta jornada de luta, que não podia ter calhado em pior altura no ano letivo -
Valeu! Valeu o esforço! Valeu descermos à capital para não deixarmos qualquer
margem de dúvida sobre a nossa determinação na luta. Estamos aqui de pedra e cal.
Os que estamos, claro está! Fomos 50 mil? 80 mil? Que importa! Fomos muitos e
muitos de nós levávamos a incumbência de berrarmos bem alto a nossa indignação
por outros que não puderam estar presentes”, remata a entrevistada.
Texto: Ricardo Pinto
Fotografia: Anabela Magalhães
EDIÇÃO JORNAL DE AMARANTE 21-06-2013 |
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